[Tradução de Matéria] Vinte anos depois, os Backstreet Boys ainda “estão com tudo”
Quase 20 anos depois de declararem que eles “estão com tudo”, os Backstreet Boys ainda são muito requisitados.
A boy band que se formou a partir de sonhos de adolescentes em direção a fase adulta sem chegar ao desconhecimento (ou pior) é lotar arenas em todo o mundo com a sua atual turnê “In a World Like This”, que começou no ano passado.
A turnê marca o 20º aniversário do grupo que, juntamente com os rivais com cara de bebê como ’N Sync e 98 Degrees, dominaram as paradas em todo o mundo durante o grande crescimento de boy bands na década de 1990 – e com 130 milhões de álbuns vendidos, é improvável que os Backstreet Boys nunca vão abandonar o título de melhor vendagem de álbuns de boy band da história. Os BSB e seus fãs amadureceram além dos dias de glória do pop meloso. O mais recente álbum do grupo “In a World Like This”, lançado em 2013, continua com a mistura de pop e rock contemporâneo e R&B e os shows comprovam que os caras – em seus 30 e 40 anos – ainda estão com tudo.
Na quinta-feira, antes de sua parada no Forum, Pop & Hiss entrevistaram Brian Littrell para falar de turnê, reuniões e como o grupo se manteve junto.
Essa turnê é grande. Deve ser ótimo para ainda estar fazendo.
Nós estivemos em todo mundo. Estamos prestes a começar a segunda turnê europeia, em julho. Estamos fazendo nossa segunda (norte- americana) turnê. A resposta dos fãs tem sido incrível. Começamos nossa turnê de 20 anos, e já estamos juntos a 21 anos. O aniversário veio e se foi, mas ainda estamos felizes.
Como foi marcar 20 anos em um gênero que é amplamente considerado com temporário?
Muitas vezes (com) grupos como nós, ou é sua vez ou não. Sua duração é muito pequena – dois, talvez, três anos, Para nós, tudo se resume a música e a paixão para mantê-la. É muito divertido fazer o que fazemos. É um trabalho duro, mas ao mesmo tempo é muito gratificante. Nós crescemos com nossos fãs. Todos os nossos fãs são mais velhos e agora eles estão trazendo seus filhos para os nossos shows, por isso é uma boa sensação de ainda estar por perto. Eu acho que é um testamento para a música.
Estamos uma década depois de quando os álbuns regularmente vendiam mais de um milhão de cópias por semana. Como vocês tem se adaptado às mudanças na indústria?
Acho que a gente surgiu num bom momento. Nos juntamos em 1993, e o crescimento (do pop) aconteceu em 1998/1999. No entanto, tudo vai e vem. A música é como a moda. Às vezes calças bocas-de-sino são tudo, às vezes não. Música (realmente) vive na Internet. Uma boa parte da imprensa quer ver os números, porque o negócio da música é meio uma guerra de números. Se você não está vendendo tantos cds como nos anos passados eles olham pra você com se você não fosse um sucesso.
Quando você olha para o nosso sucesso agora e nossa capacidade de fazer turnê pelo mundo, não há nenhum outro artista que possa fazer o que fizemos, a menos que você seja o Justin Timberlake ou alguém super famoso. Para ir por toda Europa, China, Japão e Austrália, nós vamos a todos os lugares. Os ingressos para o show não traduzem como recorde de vendas, mas eles ainda se traduzem em uma experiência e é um número em algum lugar.
Quanto tempo durou o encontro com o Kevin Richardson nos trabalhos?
Na verdade, ele veio até nós quando estávamos prestes a iniciar a turnê com os New Kids on the Block (em 2011). Ele viu toda a imprensa e ficou animado. Mas os fãs sabiam que eram quatro membros na época. Sentimos que seria melhor para os fãs ser no fim pois era um “às” na manga. Ele estava pronto para voltar, mas não tínhamos gravado nenhum material novo (com ele). Sentimos como se ele voltasse, nós realmente precisávamos ter tudo novo. Passamos um mês em Londres gravando e compondo cerca de 85% do "In A World Like This”. Foi um processo de crescimento, nós não somos mais crianças. Somos todos maridos e pais. A vida é diferente, mas os fãs ainda são apaixonados.
Você ficou surpreso ao ver o ressurgimento das boy bands?
É tudo cronometrado. Boy bands são como modismos. A cada 7,8 ou 10 anos existe um novo movimento. Há uma nova geração que quer esse tipo de coisa. Quando surgiu pela primeira vez...não havia muito pop no rádio a menos que você fosse o Michael Jackson e Janet Jackson. Com o One Direction e caras como esse, eles têm grandes canções. Eles estão trabalhando com os mesmos produtores que trabalhamos anos atrás. Vamos ver quanto tempo duram, porque você nunca sabe. Mas eu espero que eles fiquem por um tempo.
O que vem por aí para os Backstreet Boys?
Nós terminamos essa etapa da turnê em junho, aí vamos para a Europa. Estamos fazendo os nossos primeiros shows em Israel, nunca fomos pra lá. Anunciamos um show lá e os ingressos se esgotaram em 30 minutos. O promotor pediu para fazer outro e se esgotaram em 5 minutos, por isso estamos indo para fazer três shows. Nós vamos com mais calma pelo resto do ano e voltar ao estúdio e ver o que vem para 2015. Nós não queremos parar e desacelerar muito, por isso vamos tentar manter um certo número de shows. Nós também temos um documentário saindo. É basicamente a história de onde os Backstreet Boys vieram e que será lançado lá por setembro.
Não resisti em perguntar, como foi fazer o documentário falando sobre Lou Pearlman?
Nós mencionamos ele no filme. Nós falamos sobre isso. É engraçado porque todo mundo sabe a história dele. (Nota do editor: Pearlman, o empresário de inúmeras boy bands de sucesso, incluindo Backstreet Boys, N Sync, LFO e O-Town, foi condenado por uma operação fraudulenta e , em 2008 foi condenado a 25 anos de prisão.)
Ele está numa penitenciária estadual por desvio de mais de 300 milhões de dólares. Estamos bem. Ele é o único que ficou ganancioso e confuso. É lamentável. Eu gostaria que tivesse sido de outro jeito, mas a ganância tira o melhor de você. Nós mencionamos e falamos disso no filme. Isso é difícil. Nossas vidas não foram sempre “as mil maravilhas”.
VEJA ORIGINAL AQUI
Thanks pela colaboradora do FC BSB Don´t Stop Dreaming Andreia Sewa
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