sexta-feira, dezembro 21, 2018

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[TRADUÇÃO] Entrevista VEVO Backstreet Boys: sua ligação, pontos de ruptura e a busca pelo equilíbrio

Estive com problemas no Notebook por isso não postamos antes.


Aqui está a entrevista maravilhosa que o grupo fez para o canal do Youtube BackstreetBoysVEVO.


Confiram abaixo a tradução:


Backstreet Boys: sua ligação, pontos de ruptura e a busca pelo equilíbrio

AJ: Vinte  e cinco anos é imenso. Mas ainda há tanto que ainda não conquistamos, que ainda não fizemos. Poder ter, por falta de expressão melhor, uma segunda chance, nós precisamos saber qual é o limite de cada pessoa, o que eu acho que sabemos agora.

Texto na tela: O reinado global como a maior e mais vendida boyband do mundo tem sido bem documentada.

Antes do lançamento do primeiro álbum em cinco anos, a banda senta para discutir o que aconteceu depois que o mundo parou de assistir.


Howie: Quando você olha para o grupo, a forma que começamos, todos nós tínhamos uma história individual e é uma combinação interessante colocar cinco artistas solo e dizer “somos um grupo agora”. Ao fazer isso precisamos sacrificar alguma individualidade porque deixa de ser sobre você e passa a ser sobre o que é melhor para o grupo. Para todos nós, cada um de nós teve seu fator divisor. O que é demais para um é diferente do que é demais para o outro.

Kevin: É o limite onde você fica.

Howie: Exatamente.

Kevin: Um ponto de ruptura.

Howie: Quando se meteu nisso nenhum de nós sabia o que era isso para cada um. Tivemos que nos distanciar para encontrar essa individualidade mais uma vez. Isso teve de acontecer para criar o grupo que somos, para voltarmos uns para os outros.

Kevin: Realmente não havia descanso naquele momento. Todos os nossos sonhos estavam virando realidade e nós todos estávamos surtando por dentro ao invés de estarmos ficando mais e mais próximos. Nós quase nos retiramos uns dos outros para conseguir aquele espaço e nossa ligação não era tão forte naquele momento como poderia ser.

Brian: Verdade.

Kevin: Provavelmente a grande percepção de tudo bem, existe trabalho e existe vida e encontrar esse equilíbrio e a necessidade de equilíbrio foi a cirurgia do Brian, quando o Brian passou pela cirurgia de peito aberto em 1990 e...

Brian: 1998.

Kevin: A cirurgia dele meio que foi um chamado. Tudo bem, esse grupo, o sucesso, tudo isso pode desaparecer bem rápido se não encontrarmos balanço para ancorar tudo isso e garantir que todos estão bem.

Brian: Eu tinha 22 por cento de chance de não acordar. Eu não podia dizer “oi caras, estamos juntos novamente”, porque não era assim para mim. Foi uma completa desconexão entre eu e vocês quatro. Adiei minha cirurgia duas vezes para que fizéssemos duas turnês diferentes. Os empresários gritavam comigo porque os ingressos estavam vendidos e precisávamos continuar. Eles não davam a mínima. Falando de perspectiva eu tinha que achar uma saída, desenvolver algo para mim, só para mim, porque se tudo o mais falhasse tudo o que eu tinha era a mim mesmo.

Kevin: Eu sei que isso me despertou. Me derrubou e me deu humildade.

AJ: Ir para a reabilitação a primeira vez, esse foi um dos dois momentos que me trouxe mais humildade. O nascimento da Ava foi o próximo momento. Eu podia lidar com a minha esposa se eu recaísse, poderia lidar com vocês até certo ponto. 
Quer dizer, nós conseguiríamos conversar. Mas ter uma filha que não entende a diferença entre papai bêbado e papai sóbrio, isso mexeu com a minha cabeça de um modo positivo. 
Eu sempre quero abraçar minha filha, estar presente e ser um bom pai. Acredito que seja por causa dessas duas coisas. E vocês sabem, eu ainda lido com toda essa situação da bebida, tenho bons dias, tenho maus dias. Ter esse equilíbrio agora significa algo.

Nick: Sinto que isso é nossa sessão de terapia diante das câmeras, o que é louco. Meu momento de queda, acho que nunca contei isso, foi minha tentativa fracassada de álbum solo. Acho que vocês não entenderam realmente porque eu fiz aquilo. Eu tinha 17 ou 18 anos e nós éramos realmente grandes, em 1997, 1998. Eu e Brian enfrentávamos isso às vezes. Nós íamos para a quadra de basquete tentando jogar futebol como pessoas normais e eles zombavam de nós, cantando nossas músicas. 
Correndo pela quadra nós ouvíamos Backstreet’s Back (em tom de zombaria). A forma que eu me sentia naquele momento era um pouco envergonhado. Naquele momento eu me perguntava se era isso, se haveria mais do que isso na minha vida, essa falta de apreciação. 
E lembro de egoistamente pensar “eu não ligo para o que dizem, o que pensam, chamarei o álbum de Agora ou Nunca (Now or Never)”. Quero soar como o Bryan Adams. Basicamente ainda tenho uma mentalidade adolescente, de me rebelar contra a família que eu tenho, que eu não sabia ser mais minha do que a minha própria. Aquele foi o momento da queda e humildade, perceber que a grama não é sempre mais verde do outro lado e tudo bem.

Howie: Para mim, pessoalmente, olhando para trás, além de um insucesso em um álbum solo, uma das coisas que coloca tudo em perspectiva foi logo após ganharmos nosso primeiro prêmio da MTV, quando voltamos para casa, eu lembro de estar tão bem, lembro do meu irmão e da minha irmã ali comigo, celebrando e depois ele dizendo que nossa irmã Caroline, que todos sabiam que tinha lúpus... 
Eu acho que ela foi para o hospital achando que seria um checkup de rotina e descobrir que não era exatamente rotina. Ela estava numa situação em que as coisas ficaram ruins. Lembro de tentar pegar um avião, perder o primeiro avião, pegar o segundo e quando cheguei lá, quando estávamos sentados na sala de espera, após uma hora o médico veio e disse que tinham perdido a minha irmã e eu não entendi aquilo. 
E lembro de estar como deveria, extremamente feliz a extremamente infeliz em 24 horas. E sabendo que teríamos de enterrar minha irmã em poucos dias, para que eu pudesse ir para a América do Sul com vocês. Eu era tão dedicado que a minha família agilizou tudo. Mas isso realmente colocou as coisas em perspectiva para mim. 
Mas, de novo, é perceber que todos nos sacrificamos pelos outros ao longo do tempo e com o tempo aprendemos a entender e apreciar os sacrifícios. Como o Brian disse, naquele momento não entendíamos nem apreciávamos os sacrifícios não porque fôssemos más pessoas, só porque estávamos na mesma página de tudo que estava acontecendo. Olhando para trás, precisava acontecer porque se não acontecesse, talvez não estivéssemos aqui hoje.

Nick: é meio louco, porque parece que as estrelas estão meio que se alinhando para nós de novo. De certa forma, porque se você pensar de onde começamos, foi como um milagre que tenhamos nos conhecido, criado laços, nos conectado, agido da forma que agimos.

Kevin: Quais são as chances?

Nick: Quais são as chances de acabarmos dançando?

Brian: Duas em um milhão, uma vez na vida.

Nick: Vocês sabem o que estou dizendo...

Kevin: São letras de música.

AJ: Creio que a jornada continua.

Nick: Colocando em perspectiva, deixe as pessoas saberem, temos que deixar saberem que esperamos por muito tempo para ter essa música, esse hit de novo. Quando o Kevin saiu por um tempo, nós estávamos em baixa. Brian dizia que estávamos mantendo nossas cabeças fora da água. Agora é a cereja do bolo, outra vez.

Brian: Não estamos tentando ser algo que não somos, como lutando para fazer boa música, correndo atrás de produtores, dependendo de todo mundo, quando mudamos o foco para depender de nós as coisas saem do caminho e acontece.

Nick: Ele realmente está certo sobre isso. No minuto que aceitamos quem somos, é o que acontece.

Kevin: Daqui para a frente todos sabemos que desde que estejamos todos saudáveis e felizes, nos comunicando e nos encontrando, gostando do que fazemos, se ressoa em grande escala ou não lá fora no mundo, nós sabemos que podemos ser felizes porque é isso que temos feito.

Nick: Tenho orgulho do que somos. Tenho orgulho do que fizemos. E agora estamos em território desconhecido, contando uma história nunca dita, vivendo isso, o que é animador para mim.

Tradução by Laila Zucarini

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